Álbum da Copa América não é febre no RJ. Mas figurinha de Neymar, sim

Ambulantes ganham dinheiro vendendo cromos avulsos em mercado popular no centro da Cidade Maravilhosa

Na semana passada, o GLOBOESPORTE.COM mostrou algumas curiosidades e gafes do álbum oficial da Copa América. Ronaldinho Gaúcho, Jucilei e outros atletas que não devem disputar o torneio têm cromos na publicação que ainda não virou febre, mas que já tem colecionadores e pessoas que ganham dinheiro graças a eles. Casos dos quase xarás Luis Carlos e Luiz Carlos que, desde 2005, trabalham com álbuns de figurinhas na Uruguaiana, mercado popular no Centro do Rio de Janeiro.
A dupla troca e vende figurinhas avulsas. Mas, ao contrário do que acontece em coleções das Copas do Mundo, a procura pelos cromos da competição que começa no próximo dia 1º de julho, na Argentina, não é tão grande.
- Em média, cerca de 100 pessoas aparecem por aqui por dia. Ano passado, para o álbum da Copa de 2010, às vezes eram duas ou três mil. Mas ainda dá para conseguir ganhar alguma coisa. Além disso, quando sair o álbum do Brasileirão, as coisas vão esquentar pois o pessoal vai querer figurinhas da Copa América também – explicou Luis.
Neymar com moral
E qual a figurinha mais procurada do Brasil?
- Neymar, com certeza. O lado curioso é que tem muita gente, especialmente garotas de 15, 16 e 17 anos que vêm aqui só para comprar a figurinha dele para colar no caderno. Tem gosto para tudo – brincou Luis Carlos.

Os preços dos cromos avulsos, tabelados desde 2006 com o mesmo valor (“Nada de inflação aqui, não queremos perder clientes”, explica Luiz), variam de 25 centavos a R$ 1. As mais caras são justamente as do Brasil.
- Tem muita gente que só quer completar a parte da Seleção. Em 2010, teve um cara que pagou R$ 50 pelo emblema da CBF – contou Luiz.